sábado, 14 de maio de 2011

Caronte

Caronte (em grego, Χάρων — o brilho) era uma figura mitológica do mundo inferior grego (o Hades) que transportava os recém-mortos na sua barca através do Aqueronte, rio que delimitava a região infernal, até o local no Hades que lhes era destinado. Era filho de Nix, a Noite.

Era costume grego colocar uma moeda, chamada óbolo, sob a língua do cadáver, ou duas, uma em cada olho, para pagar Caronte pela viagem. Se a alma não pudesse pagar ficaria forçosamente na margem do Aqueronte para toda a eternidade, ou em alguns casos, nadando por 100 anos, e os gregos temiam que pudesse regressar para perturbar os vivos.

Caronte era muitas vezes retratado com uma máscara de bronze na qual ocultava sua verdadeira face macabra que faria os recém-mortos repensarem em entrar na barca.

Caronte recebeu esta tarefa após ter tentado roubar a Caixa de Pandora. Ele não queria roubar, mas Hades o obrigara após uma luta épica. Surpreendido por Zeus, ele foi mandado para o Erebus onde deveria cumprir sua tarefa. No início, Caronte fazia a travessia junto com seu irmão gêmeo Corante. Cada um utilizava um remo e cada um ficava com uma das moedas e, quando mandavam uma gorjeta a mais, os dois dividiam. Assim deveria ser por toda a eternidade. Porém Corante começou a notar que as gorjetas estavam cada vez mais raras e, quando haviam, eram valores muito menores que o costumeiro, e começou a duvidar de seu irmão. Pois que um dia descobriu que Caronte estava lhe roubando. Pegava a gorjeta antes que ele visse e desviava parte do faturamento para si. Por isso os dois brigaram selvagemente por 13 meses (de 28 dias) e um dia. Neste tempo, os mortos perambulavam pela terra, pois não havia quem os conduzisse para o Outro Mundo. No 365º dia, Caronte matou seu irmão afogando-o no rio. Nesta hora o corpo de Corante se dissolveu e tingiu todo rio de vermelho. Ambos eram filhos de Anilina e Nanquim.

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